A Yoshanan
A Transfiguração de Pai Preto
Senhor dirigente das almas! Eis-me aqui, diante de ti, humilde, beijando o pó do plano terra... Senhor!, Este pequenino “eu”, como bem sabes, deu cumprimento às tuas ordens... Outrora, quando em alerta tua voz lancei, de advertência teus conselhos espalhei, somente o vazio de um silêncio tumular foi a resposta que senti, de tuas almas chegar... Mestre meu!, o campo que mandaste semear é o mais agreste de todos os campos... Senhor! Lidei com as ferramentas que deste: verdade, lógica, razão, e quantas vezes, ao vibrá-las sem desfalecimento, senti-as “vergar o gume” nas rochas da vaidade e da premeditada incompreensão... E, muito embora as sementes espalhadas tenham dado seus frutos, pressinto que bem poucos queiram, realmente, provar-lhes o sabor... Senhor!... Eu confesso e tu bem o sabes, tenho Minh "alma desiludida e cansada pelo entrechoque dos sub-planos... no entanto, aguardarei contrito as tuas ordens. Que determinação o amanhã trará a mais, a um pobre “eu”, que geme na penumbra da forma e muito sabe do que foi e pouco do que possa vir a ser? Senhor – Yoshanan – Mestre meu! Dê-me forças! Sinto “aquelas” mesmas causas do passado, geradoras da razão de ser do meu presente, precipitarem as mesmas circunstâncias... e terrível dilema do “querer e não poder – poder e não querer”, desafiar, tirânico, minhas próprias forças... mas que importa? Senhor! Talvez que visse Jesus martirizado na cruz de sua infinita dor... e haurisse assim, nesta visão, o alento que me sustém numa missão – ordena, portanto, aqui estou. Senhor! Vejo panoramas celestes descortinarem regiões do futuro, e, como conter a ansiedade, quando estas coisas fazem sentir a impaciência do presente? Esperar? Sim... Porque esperando vive “quem foi, é e será”... W. W. da Matta e Silva (Yapacani)
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